sexta-feira, 2 de abril de 2010

Dicionário do ballet



Posições e Passos

-Demi-plié (pronuncia-se "demipliê"): Pode ser feito em todas as posições de pés. Os joelhos são flexionados até o máximo que a pessoa conseguir, desde que acompanhe a linha dos pés, sem tirar os calcanhares do chão. Serve para dar impulso aos saltos e a outros passos.

-Tendu (pronuncia-se "tandi"): Uma das pernas fica esticada à frente, ao lado ou atrás do corpo. As duas permanecem viradas para fora, e os ossos dos quadris ficam sempre em linha com os ombros

-Arabesque: Uma perna esticada atrás do corpo. A outra perna, pode estar esticada ou não. Os ombros e os quadris devem estar virados para frente.
Passé (pronuncia-se "passê")
O pé passa pela perna que está como apoio até chegar à altura do joelho. Forma a posição de um número "quatro” no ar. As duas pernas permanecem viradas para fora.

-Attitude (pronuncia-se "atitide"): Uma das pernas fica no ar, ligeiramente dobrada, e a outra fica como apoio. As pernas devem ficar viradas para fora (a coxa da perna que está no ar fica levantada, com o joelho apontando para o lado).

-Pirueta: Pode ser feita em várias posições, como no "passé", "arabesque"e "attitude". A perna de apoio deve estar firme para que o giro saia no lugar. Os braços e a cabeça ajudam a dar o impulso.

-Sissone: É um Salto em que as duas pernas ficam abertas no ar, enquanto o corpo se desloca na direção desejada. O impulso sai do "demi-plié", e as duas pernas saem do chão ao mesmo tempo. Pode ser feito para frente ("en avant"), para trás ("en arrière") ou para o lado ("à la second").

As Principais Posições dos Pés

Em todas as posições, os pés ficam para fora (posição "en dehors"), o que depende de as coxas e os joelhos estarem virados. Esta abertura parte do quadril.

-Primeira Posição
Com os calcanhares juntos, os pés ficam abertos um para cada lado, em linha reta. Os joelhos seguem a linha dos dedos dos pés.

-Segunda Posição
Partindo da primeira posição os pés ficam afastados entre si por uma distância aproximada de um pé.

-Terceira Posição
Com os pés virados para fora, o bailarino coloca um pé na frente do outro, unindo-os. O calcanhar do pé da frente fica na metade do pé de trás.

-Quarta Posição
Com os pés cruzados e afastados, um pé fica na frente do outro. Imagina-se que há um pé em posição natural entre eles.

-Quinta Posição
Como na terceira posição, os pés ficam unidos uma na frente do outro. O calcanhar de um pé toca os dedos do outro pé.

As Principais Posições dos Braços

Existem outras posições de braços, que partem das posições descritas aqui. Seus nomes variam de acordo com os métodos usados hoje são de origem inglesa, russa e cubana.


-Primeira Posição
"Braços abaixados". Como se estivesse segurando uma melancia, as mãos ficam próximas uma da outra e quase tocam as pernas

-Posição Preparatória
Os braços e as mãos ficam na altura do estômago, arredondados, como se segurasse uma grande melancia. Os cotovelos ficam virados para fora.

-Segunda Posição
Os braços ficam ao lado do corpo, levemente arredondados. As mãos acompanham a linha dos braços.

-Quinta Posição
Os braços ficam arredondados, ligeiramente à frente da cabeça.

A

ADÁGIO - Derivado do italiano – lentamente.


a) qualquer dança ou combinação de passos feitos para a música lenta;
b) série de exercícios efetuados durante a aula com o fito de desenvolver a graça, o equilíbrio e o senso de harmonia e beleza das linhas;
c) parte dos pas de deux clássicos dançados pela bailarina e seu partner. Chamado pelos franceses de Adage.

ALLEGRO - Palavra italiana derivada do latim Alecer (vivaz).

a) qualquer dança ou combinação de passos feito para uma música de tempo rápido ou moderado;
b) parte da aula que segue o Adágio;
c) todos os passos rápidos, como saltos, bateria etc., em balé, são parte do Allegro.

APLOMB - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

ARABESQUE - Arabesco. Palavra originária do árabe significando ornamento.
Posição na qual o peso do corpo é sustentado numa só perna, enquanto a outra se encontra esticada para trás, geralmente no ar e com os braços dispostos de maneira harmoniosa.
Esta posição apresenta variações tais como:
1.. o pé que sustenta o corpo pode estar totalmente apoiado no chão, na meia ponta, ou na ponta;
2.. a perna que sustenta a pose pode estar ou não flexionada;
3.. a posição do corpo pode estar alongada (allongée), ou inclinada (penchée);
4.. também os braços sofrem alterações, sendo eles que determinam as qualificações dos arabesques.

B

BALANCÉ- ou Pas de Valse - Balanceado. É um passo balanceado em ritmo de valsa. O bailarino dá um passo ao lado com uma perna, trazendo a outra para trás desta, com o joelho meio dobrado e a meia ponta no chão; em seguida, transfere o peso do corpo para a perna de trás e logo em seguida para a da frente, sem mudar a posição de ambas.
Pode ser feito também cruzando-se a perna em frente ou dando-se o passo para frente ou para trás, em vez de ao lado.

BALLET - Balé. Derivado do italiano ballare (bailar). É um conjunto de passos de dança executados em solo ou em grupo. Balé reúne, na sua maioria, várias artes, tais como música, pintura (cenários e figurinos), arte dramática (mímica e interpretação), com a dança na sua forma clássìca ou moderna.

BASQUE, PAS DE- Passo de basco. Passo cujo nome indica sua origem. Foi introduzido no balé clássico por Maria Camargo (1 710-1770). Pode ser glissé (deslizado) ou sauté (saltado), en avant (para frente), ou en arrière (para trás).

BATTEMENT – Batida, pancada. Termo genérico designando certos exercícios e movimentos da perna e do pé, executados sob a forma de batidas. Basicamente, em balé, o termo battement significa a extensão total ou parcial da perna e do pé e seu retorno à posição inicial.

BATTU – Batido, golpeado. Este termo, ainda que relacionado a qualquer passo, mantém-se inalterado, significando apenas que o bailarino bate as pernas durante a sua execução. Por exemplo, um assemblé battue é um assemblé comum, porém com uma batida das pernas no ar.

BOURRÉE, PAS DE – Bourrée é o nome de uma dança folclórica das províncias de Auvergne e Berri. Sua conexão com os pas de bourrée do balé clássico é obscura, tendo sido introduzido com certa estilização, por alguns coreógrafos contemporâneos. É um passo de locomoção em geral com três movimentos das pernas, feitos em qualquer direção.

C

CHAT, PAS DE – Passo de gato. Passo em que o bailarino, começando de 5a posição, levanta a perna de trás num retiré, estando em demi-plié na perna de sustentação, pula lateralmente sobre a perna levantada, ao mesmo tempo em que levanta a outra em retiré e fecha 5a no demi-plié. O pas de chat italiano é feito com as duas pernas dobradas no ar ao mesmo tempo.

CONTRETEMPS - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5a posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4a allongée, com o peso sobre a perna esquerda em demi-plié e a direita atrás em degagé a terre.

COREÓGRAFO - Do grego Khoros (danÇa) e grapho (escrita), designa a pessoa que cria um balé; os passos e danças que, em seqüência, formam um balé. No princípio do século XVIII, este termo significava "anotador de dança"; como em geral era este quem também criava os passos do balé, a palavra passou a cobrir ambas as atividades. Quando desapareceu a arte de escrever os balés, o termo coreógrafo passou a significar apenas "criador de balé".

COREOGRAFIA - Termo usado no século XVlll para designar a arte de "anotação de danças" e que agora significa "seqüência de passos e movimentos que compõem um balé".

COTÉ, DE - Ao lado. Não é um passo; este termo, quando adicionado a qualquer passo ou exercício, significa que este deve ser executado ao lado.

CROISÉ - Cruzado. Uma das oito direções do corpo do bailarino em relação ao palco e ao espaço circundante.

CROIX, EN - Em cruz. Fazer qualquer exercício en croix significa executá-lo em frente, ao lado, atrás e de novo ao lado.

D

DANSEUR NOBLE - Bailarino nobre. Nome em geral usado para designar a primeira figura masculina de um balé, o herói romântico, como o tenor numa ópera.

DANSEUR, DANSEUSE - Bailarino, bailarina.

DANSE DE CARACTERE - Dança folclórica ou a caráter.

DEBOULÉS - Rolar. Pequenos tours, em geral feitos em séries, em que o bailarino executa pequenas voltas, transferindo o peso do corpo de uma perna para outra. O mesmo que CHAINÉS.

DEDANS, EN - Para dentro. Indica que: (a) o movimento da perna é feito numa direção circular de trás para frente; (b) uma pirueta é executada girando para o lado da perna de sustentação.

DEGAGÈ- Afastado. Posição em que o bailarino se encontra sobre uma perna, com a outra afastada, ponta esticada, em frente, ao lado ou atrás. 0 degagé pode ser à terre, com a ponta tocando o chão, ou en I'air, com a perna levantada a meia ou grande altura.

DEHORS, EN - Para fora. Indica que: (a) o movimento da perna é feito em direção circular da frente para trás; (b) uma pirueta é executada girando-se para o lado da perna que levanta do chão.

DEMI - Meio, metade. Qualquer posição ou passo efetuado de maneira pequena ou pela metade.

DEMI POINTE - Meia ponta, ou seja, sobre a sola dos dedos dos pés.

DERRIÈRE - Atrás. Qualquer passo, exercício ou posição executados atrás, isto é, com a perna fazendo o movimento atrás da outra ou então fechando atrás.

DESSOUS - Embaixo. Qualquer passo executado com a perna de ação passando atrás da outra.

DESSUS - Em cima. Qualquer passo que quando executado, a perna que comanda a ação passa na frente da outra.

DEUX, PAS DE - Passo de dois (ou passo a dois). Uma dança para duas pessoas. Grand pas de deux, nome dado nos balés clássicos para os pas de deux feitos pela primeira bailarina e pelo primeiro bailarino, destinado a mostrar sua virtuosidade, e em geral consistindo de entrada, adágio, variação para a bailarina, variação para o bailarino, concluindo com uma Coda.

DEVANT - Em frente. Termo relacionado a qualquer passo ou exercício que é executado em frente, isto é, com a perna fazendo o movimento em frente da outra, ou então fechando na frente.

E

ECARTÉ - Separado. Uma posição do corpo, oblíqua para o público, na qual o braço e a perna estão estendidos no mesmo plano vertical e diagonal como o resto do corpo. As outras posições do corpo são en face, croisé, ouvert (ou effacé).

ELEVATlON - Elevação. A altura dos saltos do bailarino. Termo aplicado a todos os movimentos aéreos, isto é, feitos no ar, com pequenos ou grandes saltos.

ENCHAINEMENT - Encadeamento. Qualquer combinação de vários passos numa aula é um enchainement.

EN FACE - De frente. Uma das direções do corpo, quando o bailarino está bem de frente para o público.

ENTRECHAT – Termo provavelmente originado do italiano cabriola intrecciata, ou seja, cabriola cruzada. Um salto no ar de 5a posição em que o bailarino , no ar, cruza as pernas uma, duas ou três vezes.


F

FOUETTÉ - Do termo francês fouetté (chicote). Devido à grande diversidade dos vários passos, tanto da barra, de adágio e de allegro, denominados fouettés, é todo movimento seco (chicoteado) executado pela perna, ou pela perna e corpo, quando este faz um movimento, virando para o lado contrário da perna.


J

JETÉS – Jogados. Passo de allegro. São diferentes tipos de saltos. Pode ser petit jeté, jeté ordinaire, grand jeté, grand jeté en avant, grand jeté en tournant, jeté passé, jetés battement, jetés elancés e, na escola russa, ainda o jeté fermé.


M

MÁITRE-DE-BALLET, MAITRESSE-DU-BALLET OU CHEFE DO BALÉ - É o responsável, junto ao coreógrafo, por manter e remontar, quando necessário, a obra, respeitando sua autenticidade, qualidade técnica e artística. O maitre-de-ballet também dá aulas à companhia cuidando da unidade de trabalho e estilo que estão sob a sua responsabilidade.

MANÉGE - Picadeiro, indica a forma em que o bailarino executa os tours, quando estes são feitos ao redor do palco, como se circundasse um picadeiro imaginário.

MARCHÉ, PAS - Passo marchado ou andado. Um passo comum, feito com o pé esticado, colocando-se primeiro no chão a meia ponta e em seguida o calcanhar.


P

PAS - Passo. Um único movimento de perna, quando no ato de andar ou dançar.

PIROUETTE – Pirueta. Uma volta inteira do corpo executada sobre uma perna (na ponta ou meia ponta), enquanto a outra está dobrada, com o pé em frente ao joelho da perna de sustentação. Quando a volta é feita para o lado da perna que levanta, a pirueta é en dehors; quando a volta é para o lado da perna de sustentação, a pirueta é en dedans.

PLIÉ - Dobrado. Flexão dos joelhos. Um exercício que compõe quase todos os outros da barra.

PORT DE BRAS - Movimento dos braços.

PROFESSOR (A) - É aquele que ensina em diferentes níveis aos alunos a técnica da dança, desde seus princípios básicos até o nível profissional, dependendo de sua capacidade.

PROMENADE - Passeio, uma volta lenta dada sobre um pé (toda a planta no chão ou na ponta, neste último caso com a ajuda de um bailarino), enquanto a outra perna está numa dada posição (arabesque, por exemplo). Devem-se tomar como eixo os dedos do pé, enquanto o calcanhar vai executando uma volta completa em torno dele (o eixo).


Q

QUATRE, PAS DE - Passo de quatro. Uma dança para quatro pessoas. Numa coreografia pode haver solos até para dez pessoas, homens e mulheres. Depois desta quantidade já é considerado Corpo de Baile.


R

REPETITÉUR (ENSAIADOR)
É o assistente do maitre-de-ballet, ensaia as diversas partes da obra, variações, solos, grupos, corpo de balé e é também professor categorizado.


T

TOUR - Volta. O mesmo que pirueta. Em geral as grandes piruetas são mais comumente chamadas tours. Exemplo, pirueta en attitude ou tour en attitude. Também as que são feitas em séries, como o tour piqué.

TOUR EN L'AIR - Volta no ar. Em geral, passo para o bailarino homem. Saindo de 5a posição (ou qualquer outra, em geral 2a ou 5a) no demi-plié, o bailarino dá um salto para cima com as pernas bem juntas ao mesmo tempo em que vira uma ou mais voltas no ar com o corpo.

TOURNANT, EN - Virando. Adicional aos passos que podem ser feitos com uma volta do corpo. Como, por exemplo, o assemblé soutenu, que pode ser simples (sem a volta) ou en tournant.

TROIS, PAS DE - Passo de três pessoas. Variação de dança feita por três bailarinos, em geral duas moças e um rapaz.


V

VALSE, PAS DE - Passo de valsa. O mesmo que balancé.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Método Vaganova

O Método Vaganova é um método de ensino de ballet clássico que foi desenvolvido por Agrippina Vaganova. Ela criou um programa de estudos para melhor ensinar a arte do Ballet Clássico.

Suas origens são derivadas de métodos de ensino dos instrutores do Imperial Ballet School.

Em 1948, Vaganova autora do livro “A Fundação Para Dançar” (mais conhecido como “Princípios Básicos da Dança Clássica Russa”). O livro apresenta as suas ideias sobre a técnica do ballet e pedagogia.

Vaganova foi uma estudante na Escola de Ballet Imperial de São Petersburgo, formando-se em 1897 para dançar profissionalmente no Ballet Imperial Russo. Aposentou-se em 1916 para seguir uma carreira docente. Após a Revolução Russa de 1917, ela voltou para a escola como professora em 1921, embora até então tinha sido re-estabelecida na Escola Coreográfica de Leningrado pelo governo soviético. O Ballet Imperial Russo também foi desmantelada e re-estabelecido como o Ballet Soviética.

Como professora, Vaganova planejou seu próprio método de formação de ballet clássico, fundindo elementos dos métodos francês, italiano e outras, bem como as influências de outros bailarinos russos e professores. Este método tornou-se conhecido mundialmente como o método Vaganova formando alguns dos bailarinos mais famosos da história.

Nos trinta anos que passou ensinando balé e pedagogia, Vaganova desenvolveu uma técnica precisa e um exigente sistema de ensino. Princípios do método Vaganova incluem o desenvolvimento de menor força e mais plasticidade dos movimentos dos braços, dando foco na força necessária, flexibilidade e resistência para o Ballet. Muito de seu trabalho concentrou-se na capacidade do bailarino para executar um Pas de Deux clássico e as habilidades necessárias para tal desempenho. Em termos de formação pedagógica, a atenção foi na precisão da instrução de um professor, o deixando extremamente apto para ensinar perfeitamente o método.

Após a morte de Vaganova, em 1951, seu método de ensino foi preservado pelos instrutores, como Vera Kostrovitskaya. Em 1957, a escola foi renomeada a Academia de Ballet Vaganova, em reconhecimento das suas realizações. Hoje, o método Vaganova é o método mais comum de ensino de balé da Rússia. É também amplamente utilizado na Europa e na América do Norte. A Academia de Ballet Vaganova continua a ser a escola associada do ex-Ballet Imperial Russo, embora agora é conhecido como o Ballet Mariinsky.


O Método Vaganova
Vaganova enfatizou a dançar com o corpo inteiro, promovendo a movimentação harmoniosa entre braços, pernas e tronco. Ela acreditava que o tronco é a a parte inicial de todos os movimentos, de forma que o tronco da dançarina teve ser reforçado. Um exercício que ela prescreveu para esta área era a de fazer séries de plies com os pés na primeira posição, que é uma espécie de arco, feito quando os pés são virados para o lado. É uma prática difícil para a maioria das pessoas a de equilibrar e controlar seu movimento ao fazer isso, mas isso levou bailarinos extremamente fortes a desenvolver os músculos abdominais e das costas, o que ajudou em todos os seus outros movimentos.


Este método é plasticamente harmônico de movimentos e da expressividade dos braços, na flexibilidade, ao mesmo tempo tem um corpo forte, firme na colocação natural da cabeça, esses são os traços distintivos do “Vaganova School“.
Além de analisar o posicionamento dos pés dos bailarinos, Vaganova dava atenção detalhada para a colocação dos braços durante o movimento. Ela acreditava que os braços de um bailarino não deveriam simplesmente decorar um movimento, mas sim ajudar o bailarino nos saltos altos e nas voltas. Este método é visível na técnica de Mikhail Baryshnikov, bailarino do século 20 que é conhecido por seus saltos aparentemente impossível no ar, muitas vezes sem qualquer preparação aparente. Baryshnikov usava seus braços para criar sustentação em seu corpo, sem flexionar as pernas para empurrar o chão, um traço comum a todos os bailarinos formados no método Vaganova.
Ao invés de confiar na intuição e improvisação durante as aulas, Vaganova rigorosamente planejava cada aula de antemão. Assim, suas aulas tinham uma evolução aparente, tendo bons bailarinos através de sequências difíceis e interessantes. Além disso, ela fazia questão de explicar as razões de cada exercício, para que os alunos não só podiam fazer os exercícios necessários, mas também poderiam descrever a forma correta e explicar o propósito do exercício. Além disso, muitas vezes ela pedia aos estudantes para descrever, por escrito, por que uma etapa não foi executada corretamente, que os ajudou a compreender o que estavam fazendo de errado e como corrigir suas falhas. Vaganova também ativou a criatividade entre seus alunos, pedindo-lhes para criar novas combinações de passos que tinha aprendido nas suas aulas.
Vaganova foi chefe do Estado-Teatro Acadêmico de Ópera e Ballet Mariinsky, de 1931-1937. Ela continuou a usar a tradição clássica, mas também apresentou coreografias inovadoras, incluindo uma versão totalmente nova do Lago dos Cisnes. Ao mesmo tempo, o ballet tradicional estava sendo atacado por ser muito conservador e criativamente estagnado. Vaganova conseguiu mudar esse conceito, mas ela não abandonou a tradição clássica, sustentando que o novo estilo deveria retirar os exercícios clássicos, e que a dança deve fluir refletindo a emoção e o comportamento humano. A escola russa de dança que cresceu a partir de sua influência criando aulas e turmas avançadas, com ótima técnica e conscientes de cada movimento. Ela também se concentrou no núcleo força e movimentos que eram complexos, ágeis, diversificados, amplos, e rápidos. Os braços e a cabeça, longe de serem meros apêndices decorativos, são partes integrantes do movimento do corpo como um todo, e criou a estabilidade do corpo, força, vida, extensão e aparência.
Vaganova treinou um grande número de bailarinos talentosos e bem sucedidos, incluindo Marina Semenova, Kamkova Natalia, Ulanova Galina, Mungalova Olga, Vecheslova Tatyana, Kolpakova Irina, Balabina Feya e Natalia Dudinskaya. Ela também tinha grande influência sobre bailarinos através de seu livro, “Princípios básicos do Ballet Clássico, que foi publicado em 1934 e que se tornou o padrão para todo o ensino de balé soviético.
Vaganova morreu em Leningrado, em 5 de novembro de 1951, mas seu legado de bailarinos formados e professores se manteve e continua a influenciar o ballet até hoje. Como professora, Vaganova foi gentil e encorajadora, mas também exigiu precisão, atenção aos detalhes, concentração e trabalho duro. Ela incentivou seus alunos a aprender constantemente!

Referências Importantes Para a Dança Clássica


Referências Importantes Para a Dança Clássica

*Pierre Beauchamps (1639 – 1705) – Bailarino e mestre de ballet, formulou as 5 posições básicas da dança clássica.

*Louis Dupré (1697 – 1774) – Bailarino francês.

*Marie Sallé (1705 – 1756) – Celebrizou-se por sua inteligência. Introduziu naturalidade e sobriedade na endumentária.

*Maria Camargo (1710 – 1770) – Primeira bailarina a obter grande fama como profissional devido à sua inteligência, técnica brilhante e estilo. Foi a primeira a usar malhas.

*Jean Georges Neverre (1727 – 1809) – Professor de Maria Antonieta em Viena e renovador, lançando as bases do ballet como espetáculo teatral.

*Caetano Yestris (1729 – 1808) – Um dos maiores bailarinos do Ópera de Paris, considerado “Deus da Dança”, foi professor de Luis XIV. Famoso por sua elegância.

*Salvatore Vigano (1769 – 1821) – Criou mais de 40 bailados.

*Marie Taglioni (1804 – 1884) – Italiana que emocionou Paris dançando La Sylphide; ela se caracterizou por sua mensagem e beleza espiritual, com movimentos e expressões etéreos.



Romatismo

*Taglioni: Rainha das Pontas: Marie Tagloni é a culpada pela primeira dança nas pontas. Mas ninguém sabe ao certo se foi ela mesma que em 1832 dançou pela primeira vez todo o “La Sylphide” nas pontas. É quase certo que outras bailarinas já tivesem dançado antes nas pontas, pois há referências em jornais antigos de bailarinas com “dedos fantásticos”. Pensam até que Maria Camargo a precedeu com um século de diferença. Mas o mérito todo foi mesmo para Taglioni, que desenvolveu a técnica e revolucionou o ballet. Ela criou a dança dos dedos, e transformou algo que antes parecia somente atração de circo em uma expressão artística e dramática através das técnicas dos pés. Sua graça, beleza, elevação e estilo ganharam público e favorecem uma brilhante carreira. Na Rússia, os fãs de Taglioni a amavam tanto que cozinharam suas sapatilhas e as comeram com salsa!!!

*Fanny Elssler (1810 – 1884) Mais viva e humana que Taglioni, mais sensual e conhecida como a dançarina “pagã”, enquanto Taglioni era a dançarina “cristã”. Levou para o ballet a tarantela, gitana, cachucha.

*Carlota Grisi (1819 – 1889) – Possuía qualidades etéreas, vivas e sensuais. Theóphile Gautier escreveu para Carlota o Libreto de Giselle.

*Jules Perrot (1810 – 1892) – único homem a se destacar na época romântica.

*Carlo Blasis (1803 – 1878) – Firmou bases técnicas da dança clássica com seu “Código de Terpsicore” publicado em 1830.

*Sergei Diagev – Primeiro homem do ballet do século XX, que trouxe para o mundo as obras de: Marius Petipa, Mickel Fokine, e a beleza dos movimentos de Ana Pavlova e Vaslav Nijinsky.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Desistir... nunca... Meu arabesque na ponta!


O tempo passa, as coisas mudam, e eu agora estou quase sem tempo para as aulas.. mas mesmo assim não desisti, mas não mesmo!! Segue minha última foto, a primeira de muitas de 2010.

Dançar não é fácil, precisa de força e dedicação, eu tenho muita força de vontade, garra e perseverança, portanto só vou parar quando minhas pernas não aguentarem mais.

Aconselho a todos que tenham vontade, que sempre sonharam com isso e nunca tiveram a oportunidade de fazer as aulas na infância.. eu sou uma PROVA VIVA DISSO, rss comecei no clássico com 33 anos, uiuiui, mas só fui aprender algo mesmo com a minha grande prof. Renata Sanches. Cada dia que passa sinto mais vontade de continuar e espero anciosamente o dia das aulas...
Recomendo a todos.. façam tudo o que tiverem vontade, nunca é tarde para começar....

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Já comecei a fazer ponta...

Não aquela ponta... mas até que consigo subir na sapatilha e andar pela sala sem cair..hehehehe, mas de resto ainda não faço quae nada fora da barra!!
Calma, calma... meu dia vai chegar...
Atualizei com uma foto fazendo ponta na minha casa...hehehe
Tenho dó do meu vizinho de baixo, pois quando treino com a sapatilha e ponta... socorro... fico martelando o chão....

hehehe

segunda-feira, 20 de abril de 2009

MINHA PRIMEIRA SAPATILHA DE PONTA!!



A minha priemira aula de ponta foi a semana passada, meu sonho começa a se realizar...heheheh lógico que eu não consegui fazer nem metade da aula e que nem sai aindando na ponta. Até achei que tinha saido, até a hora que a professora foi me corrigindo e dai eu nem saia do lugar mais... socorro... meus dedos adormeceram, meu pé ficou destruido, chegou uma ora que eu nem sentia mais nada...hehehe
Bom se fazer ponta é este sofrimento todo mesmo, eu quero sofrer, pois por mais trabalho que eu dê para a professora, eu vou fazer a ponta.... ah se vou, e com as dicas que coloco no site vou me aprimorar a cada dia.

Você já fez ponta?
Qual a sua experiência na primeira aula??

Vamos contar a nossa idade e tudo o que sentimos quando subimos na ponta, ok!

domingo, 12 de abril de 2009

Manter a firmeza das costas na região lombar


“A fonte da estabilidade localiza-se na coluna”, observa Vaganova em seu livro, "Os princípios básicos do Ballet Clássico". Faz-se necessário acentuar que, para a estabilidade do corpo, o ponto vital será a consciência (percepção) exata da porção estreita das costas localizada precisamente na região da 5a vértebra lombar.
Pouco a pouco vão se desenvolvendo músculos pequenos, mas fortes, na citada área, os quais vão ajudar o bailarino a manter o corpo em equilíbrio enquanto dança. Esta porção das costas deve ser sentida como se “puxada para cima” enquanto os ombros permanecem naturais e livremente relaxados. Ombros tensos ou erguidos impedirão que as costas se mantenham na posição correta. Costas bem trabalhadas proporcionarão ao bailarino perfeita colocação tanto nos exercícios da barra, como nos de centro, bem como nos adágios, em todo o tipo de “tours” (movimentos giratórios no chão e no ar), em saltos e passos na ponta.
A par disso, a possibilidade de usar adequadamente as costas ajudará a tornar o torso expressivo, e aí reside um dos princípios de maior importância do método de Vaganova. A expressividade da dança reside nas passagens harmoniosas de uma posição (pose) a outra durante as quais o torso curva-se facilmente enquanto a estabilidade do corpo é mantida nos exercícios da barra e do centro, adágio alegro, obedecendo à criatividade emanante de cada coreógrafo.
A habilidade no controle do torso auxilia não apenas melhorar todo o complexo dos elementos da dança e conseqüentemente dominar sua técnica, como também (e isto é de grande importância) assegura uma “performance” (desempenho) artística de alto nível.
A maneira a qual o torso é mantido durante a dança está intimamente relacionada à posição dos braços.

ah.. não esqueça de sorrir no final.... socorrooo!!