Posições dos pés e pernas
O ballet foi baseado na concepção de que ao virar os pés e as pernas pra os lados externos do corpo, isto é, para fora, não somente se conseguia atingir mais estabilidade e maior facilidade na movimentação, como também maior beleza de linhas.
Essa concepção é chamada de en dehors (para fora), o que é adquirido lentamente sem ser forçado. Não se deve pedir a alunos principiantes um perfeito en dehors antes de seus músculos estarem aptos a executá-los sem demasiado esforço. Porém, este movimento antinatural deve se tornar para um bailarino uma segunda natureza.
Portanto, no ballet, o princípio básico mais importante é o de aprender a virar as pernas, que em sua posição normal estão para a frente, para os lados, com a ponta dos pés para fora, os calcanhares para dentro, os joelhos e as coxas acompanhando as pontas dos pés. É importante adquirir a facilidade de virar as pernas en dehors a partir da coxa até o pé, sem a ajuda dos quadris e do corpo. Porém, não é recomendável forçar demais os principiantes para evitar defeitos posteriores nos pés e nos joelhos.
Para tudo isso, porém, é também necessário uma boa colocação dos pés, que devem estar relaxados e com o peso do corpo bem distribuído (sem deixá-los cair nem para um lado nem para o outro). Distribui-se o peso do corpo em cima do pé tomando como ponto de apoio o seu meio. Além disso, quando no ar, o pé deve estar extremamente esticado, sendo que as pontas dos dedos vão para baixo forçando assim o calcanhar para fora (frente).
Finalmente, com todos esses conceitos, podemos executar corretamente as cinco posições, criadas por Pierre Beauchamps no século XVII. Cada passo é iniciado e terminado em uma, assim como são utilizadas nas passagens de movimentos.
1ª posição: Os pés devem estar unidos e virados para fora e os calcanhares juntos, formando uma linha reta. Não esqueça, toda a perna deve rodar para fora, e não apenas o pé. É possível, no início do aprendizado, afastar um pouco os calcanhares, uns dois ou três dedos um do outro, devido à dificuldade existente em encostar as panturrilhas uma na outra (válido também para quem tem perna em X). Lembre-se, sempre pisem no dedinho, não deixe seu pé cair para dentro.
2ª posição: Mesma "forma" da primeira posição, mas com os pés afastados. Ela tem o tamanho de um degagé à la seconde, e essa distância não deve ser aumentada para facilitar o encaixe do quadril durante o plié (para alongar o quadríceps e o tendão de Aquiles). Assente no chão toda a superfície do pé, não deixe pender para nenhum dos lados. Não se esqueça de, na hora do plié, manter sempre os joelhos para fora.
3ª posição: Cruze um pé até o meio em frente ao outro. O princípio é o mesmo: corpo para cima, pernas viradas para fora, peso sobre as duas pernas, sem deixar o pé ceder para algum lado.
4ª posição: Partindo da terceira posição, faça um degagé devant, assente o calcanhar no chão e obtenha assim a quarta posição. É a posição mais difícil, pois um pé fica exatamente na frente do outro, o que dificulta conservar o en dehors. Há, na verdade, duas posições: uma derivada da terceira e outra da quinta posição.
5ª posição: É a mais fechada das posições. Um pé fica totalmente colocado à frente do outro, porém não se deve deixar apoiar o calcanhar nos dedos do outro pé.
6ª posição: É uma posição inventada por certas academias, onde os pés ficam paralelos e fechados um do lado do outro. Serve para facilitar o aprendizado, mas não leva nenhum dos princípios das posições anteriores.
Lembre-se sempre de:
- Manter o corpo bem erguido e puxado para cima (isso ajudará a rodar as pernas para fora e a se sentir mais leve e seguro)
- Manter os ombros baixos
- Subir o diafragma e encolher a barriga
- Deixar o pescoço livre e relaxado
- Distribuir bem o corpo entre as duas pernas
- Subir os músculos da coxa e esticar bem os joelhos
- Apertar as nádegas e virar as coxas para fora
- Executá-las com precisão, mas também dançá-las com sentimento e expressão
sábado, 12 de junho de 2010
En Dehors
Sobre o En Dehors
Dentre os vários movimentos possíveis na articulação femoral, um deles é a rotação externa do fêmur na fossa do acetábulo (ah, bom!). Este movimento é chamado de "en dehors" no ballet.
Para entendermos porque o bailarino trabalha nesta angulação muscular, precisamos rever um dos períodos mais criativos da história da dança, quando foram feitas grandes modificações em sua estrutura técnica e artística.
No século XVII, o centro de expansão do ballet deslocou-se da Itália para a França, e foi no reinado de Luís XIV que grandes mudanças ocorreram, impondo novas características técnicas.
Lulli, um dos bailarinos e músicos italianos trazidos para a França, tornou-se diretor da Academia Real de Música e Dança e conseguiu que em 1673 os ballets fossem apresentados no Palais Royal. Com o fato de ser encenado num palco elevado, com os espectadores situados todos na mesma face (diferente dos espaços cênicos anteriores em forma de arena), surgiu a necessidade de que os bailarinos estivessem sempre de frente para o público, mesmo quando se deslocavam de um lado para outro, pois as rígidas regras de etiqueta da época impediam que eles dessem as costas ou mesmo ficassem de lado para a nobre platéia. A solução para isso foi a rotação externa dos quadris, com os joelhos e a ponta dos pés sempre virados para fora.
Falemos agora das características do en dehors:
1) O grau de rotação externa na articulação femoral é determinado primeiramente pela estrutura óssea, e depois pelas características dos ligamentos articulares. O en dehors normal do ser humano é de 40 a 50 graus em cada uma das articulações femorais, o que soma um ângulo de 80 a 100 graus. Nos pés de um bailarino na 1ª posição, chega a atingir 180º.
2) As características femorais responsáveis pela maior ou menor amplitude deste movimento são o tamanho do colo do fêmur, o tamanho entre o colo e o corpo e o tamanho do ângulo de anteversão (a inclinação do quadril para a frente).
3) Existem muitas considerações sobre a anteversão femoral e o que quase todas elas dizem é que as alterações na angulação ocorrem desde o nascimento até os oito anos, estando o processo praticamente completo aos 10 anos e completamente definido aos 16. Isso quer dizer que o en dehors não pode ser significativamente alterado entre os 8 e 10 anos, mas que alguma melhora pode ser obtida pelo alongamento de estruturas articulares, às custas de microscópicas rupturas das fibras dos ligamentos articulares que não são elásticas. O que notamos com a prática do ballet, porém, é que muitas vezes se consegue uma melhora do grau do en dehors através do fortalecimento progressivo da musculatura responsável.
4) Durante muitos anos, se acreditava que o glúteo fosse o músculo responsável pelo en dehors. Isso gerou deformações no traçado da coluna vertebral, glúteos volumosos, coxas e quadris grandes e tensos. Ao observarmos fotos de bailarinas do passado, podemos notar que elas possuíam coxas grossas e nádegas avantajadas. Depois, aprendeu-se que seis pares de músculos localizados na quadril (os pelvitrocanterianos) são, na verdade, os responsáveis pelo en dehors.
5) Essa descoberta trouxe aos bailarinos um novo problema - como não é o glúteo que faz o en dehors, para que apertá-lo? Rodam-se as coxas para fora e pronto! Atenção! Isso gera hipertonia muscular principalmente no quadríceps (músculos da frente da coxa) e na região lombar, perda de elasticidade nos músculos hipertônicos e falta de tonicidade nos adutores. Ou seja, o bailarino passou a ter as musculaturas de fora da perna rígidas e as de dentro da coxa flácidas (gente, exatamente o que aconteceu comigo, tomem muuuuuito cuidado com isso, porque muitos professores não se dão conta disso, e quando o fazem já é tarde demais!).
Dentre os vários movimentos possíveis na articulação femoral, um deles é a rotação externa do fêmur na fossa do acetábulo (ah, bom!). Este movimento é chamado de "en dehors" no ballet.
Para entendermos porque o bailarino trabalha nesta angulação muscular, precisamos rever um dos períodos mais criativos da história da dança, quando foram feitas grandes modificações em sua estrutura técnica e artística.
No século XVII, o centro de expansão do ballet deslocou-se da Itália para a França, e foi no reinado de Luís XIV que grandes mudanças ocorreram, impondo novas características técnicas.
Lulli, um dos bailarinos e músicos italianos trazidos para a França, tornou-se diretor da Academia Real de Música e Dança e conseguiu que em 1673 os ballets fossem apresentados no Palais Royal. Com o fato de ser encenado num palco elevado, com os espectadores situados todos na mesma face (diferente dos espaços cênicos anteriores em forma de arena), surgiu a necessidade de que os bailarinos estivessem sempre de frente para o público, mesmo quando se deslocavam de um lado para outro, pois as rígidas regras de etiqueta da época impediam que eles dessem as costas ou mesmo ficassem de lado para a nobre platéia. A solução para isso foi a rotação externa dos quadris, com os joelhos e a ponta dos pés sempre virados para fora.
Falemos agora das características do en dehors:
1) O grau de rotação externa na articulação femoral é determinado primeiramente pela estrutura óssea, e depois pelas características dos ligamentos articulares. O en dehors normal do ser humano é de 40 a 50 graus em cada uma das articulações femorais, o que soma um ângulo de 80 a 100 graus. Nos pés de um bailarino na 1ª posição, chega a atingir 180º.
2) As características femorais responsáveis pela maior ou menor amplitude deste movimento são o tamanho do colo do fêmur, o tamanho entre o colo e o corpo e o tamanho do ângulo de anteversão (a inclinação do quadril para a frente).
3) Existem muitas considerações sobre a anteversão femoral e o que quase todas elas dizem é que as alterações na angulação ocorrem desde o nascimento até os oito anos, estando o processo praticamente completo aos 10 anos e completamente definido aos 16. Isso quer dizer que o en dehors não pode ser significativamente alterado entre os 8 e 10 anos, mas que alguma melhora pode ser obtida pelo alongamento de estruturas articulares, às custas de microscópicas rupturas das fibras dos ligamentos articulares que não são elásticas. O que notamos com a prática do ballet, porém, é que muitas vezes se consegue uma melhora do grau do en dehors através do fortalecimento progressivo da musculatura responsável.
4) Durante muitos anos, se acreditava que o glúteo fosse o músculo responsável pelo en dehors. Isso gerou deformações no traçado da coluna vertebral, glúteos volumosos, coxas e quadris grandes e tensos. Ao observarmos fotos de bailarinas do passado, podemos notar que elas possuíam coxas grossas e nádegas avantajadas. Depois, aprendeu-se que seis pares de músculos localizados na quadril (os pelvitrocanterianos) são, na verdade, os responsáveis pelo en dehors.
5) Essa descoberta trouxe aos bailarinos um novo problema - como não é o glúteo que faz o en dehors, para que apertá-lo? Rodam-se as coxas para fora e pronto! Atenção! Isso gera hipertonia muscular principalmente no quadríceps (músculos da frente da coxa) e na região lombar, perda de elasticidade nos músculos hipertônicos e falta de tonicidade nos adutores. Ou seja, o bailarino passou a ter as musculaturas de fora da perna rígidas e as de dentro da coxa flácidas (gente, exatamente o que aconteceu comigo, tomem muuuuuito cuidado com isso, porque muitos professores não se dão conta disso, e quando o fazem já é tarde demais!).
Eixo
Sobre o eixo
1) O eixo é a linha que equilibra o corpo sobre os pés e distribui o peso igualmente sobre as duas pernas.
2) Se olharmos de perfil, teremos uma linha vertical imaginária que alinha o lóbulo da orelha, o ombro, o grande trocanter do fêmur, a cabeça da fíbula, a frente do maléolo lateral e a cabeça do 5º metatarso.
3) Se olharmos de frente, devem estar alinhados horizontalmente os ombros, os mamilos, as asas ilíacas, as patelas e o comprimento dos braços.
4) Se olharmos as costas, devem estar alinhados horizontalmente as escápulas e as pregas glúteas.
1) O eixo é a linha que equilibra o corpo sobre os pés e distribui o peso igualmente sobre as duas pernas.
2) Se olharmos de perfil, teremos uma linha vertical imaginária que alinha o lóbulo da orelha, o ombro, o grande trocanter do fêmur, a cabeça da fíbula, a frente do maléolo lateral e a cabeça do 5º metatarso.
3) Se olharmos de frente, devem estar alinhados horizontalmente os ombros, os mamilos, as asas ilíacas, as patelas e o comprimento dos braços.
4) Se olharmos as costas, devem estar alinhados horizontalmente as escápulas e as pregas glúteas.
Pés
Sobre os pés
Bom, gente, esses itens abaixo foram retirados do livro Ballet Essencial, de Flávio Sampaio. Considero-os muito importantes, pois vão além das simples "frases feitas" ditas pela maioria dos professores. Eles tratam anatomicamente do assunto, e fica muito mais fácil compreender as tais frases e também compreender o seu corpo. A tabela acima é para algum caso de dúvida em relação à anatomia. Portanto, façam bom proveito!
1) Quando no chão, o pé de um bailarino deve suportar o peso de seu corpo na forma de um triângulo: um ponto no dedão, um ponto no dedinho e um ponto no calcanhar. Os dedos devem estar alongados e todos eles pressionando o chão com as articulações do meio e não com as pontas, o que faria as articulações se projetarem para cima.
2) O arco do pé deve ser estimulado para cima, mas somente o necessário para evitar uma sobrecarga no dedão, o que causaria a joanete.
3) O pé deve estar sempre se alongando, como se quisesse expandir-se para a frente e para os lados, mas sem perder a pressão com o chão.
4) Quando o peso de um bailarino está sobre o dedão ou sobre o dedinho, ou quando ele não consegue encostar os calcanhares no chão, alguma coisa está errada na sua postura. Os pés servem como indicador postural. Tudo está certo quando os dedos não conseguem levantar-se do chão, o que indica que o peso está igualmente distribuído.
5) Os pés são o nosso contato com o solo, de modo que todos os impulsos são iniciados neles e todas as aterrissagens são finalizadas neles.
Bom, gente, esses itens abaixo foram retirados do livro Ballet Essencial, de Flávio Sampaio. Considero-os muito importantes, pois vão além das simples "frases feitas" ditas pela maioria dos professores. Eles tratam anatomicamente do assunto, e fica muito mais fácil compreender as tais frases e também compreender o seu corpo. A tabela acima é para algum caso de dúvida em relação à anatomia. Portanto, façam bom proveito!
1) Quando no chão, o pé de um bailarino deve suportar o peso de seu corpo na forma de um triângulo: um ponto no dedão, um ponto no dedinho e um ponto no calcanhar. Os dedos devem estar alongados e todos eles pressionando o chão com as articulações do meio e não com as pontas, o que faria as articulações se projetarem para cima.
2) O arco do pé deve ser estimulado para cima, mas somente o necessário para evitar uma sobrecarga no dedão, o que causaria a joanete.
3) O pé deve estar sempre se alongando, como se quisesse expandir-se para a frente e para os lados, mas sem perder a pressão com o chão.
4) Quando o peso de um bailarino está sobre o dedão ou sobre o dedinho, ou quando ele não consegue encostar os calcanhares no chão, alguma coisa está errada na sua postura. Os pés servem como indicador postural. Tudo está certo quando os dedos não conseguem levantar-se do chão, o que indica que o peso está igualmente distribuído.
5) Os pés são o nosso contato com o solo, de modo que todos os impulsos são iniciados neles e todas as aterrissagens são finalizadas neles.
Quadril
Sobre o quadril
1) Os ossos da crista ilíaca (os dois ossos da frente do quadril) devem fazer uma linha reta a frente dos dedos do pé, nunca uma linha na altura do calcanhar.
2) O cóccix deve estar encaixado e o ânus puxado para dentro, dando a impressão de que os músculos do baixo abdome estão se abrindo em en dehors, continuando o que acontece com as pernas.
3) A virilha deve estar totalmente alongada.
4) O popô não deve pesar para trás e o bailarino não deve ter dificuldade de contrair o glúteo.
5) Muitas vezes a impossibilidade de encaixar o quadril é causada pela má colocação dos joelhos (apertar um joelho contra o outro causa o encurtamento dos músculos do quadríceps - parte da frente da coxa - causando um novo encurtamento nos tendões do quadril) ou dá má postura abdominal que retifica ou exagera as curvas da coluna vertebral.
6) O quadril é o ponto fixo do corpo.
7) Os músculos que encaixam o quadril são o glúteo, os músculos abdominais, os isquiotibiais e os rotadores internos (principalmente o piriforme).
8) Para um perfeito encaixe do quadril deve-se, além de fortalecer o glúteo e os músculos abdominais, promover o alongamento do quadríceps.
1) Os ossos da crista ilíaca (os dois ossos da frente do quadril) devem fazer uma linha reta a frente dos dedos do pé, nunca uma linha na altura do calcanhar.
2) O cóccix deve estar encaixado e o ânus puxado para dentro, dando a impressão de que os músculos do baixo abdome estão se abrindo em en dehors, continuando o que acontece com as pernas.
3) A virilha deve estar totalmente alongada.
4) O popô não deve pesar para trás e o bailarino não deve ter dificuldade de contrair o glúteo.
5) Muitas vezes a impossibilidade de encaixar o quadril é causada pela má colocação dos joelhos (apertar um joelho contra o outro causa o encurtamento dos músculos do quadríceps - parte da frente da coxa - causando um novo encurtamento nos tendões do quadril) ou dá má postura abdominal que retifica ou exagera as curvas da coluna vertebral.
6) O quadril é o ponto fixo do corpo.
7) Os músculos que encaixam o quadril são o glúteo, os músculos abdominais, os isquiotibiais e os rotadores internos (principalmente o piriforme).
8) Para um perfeito encaixe do quadril deve-se, além de fortalecer o glúteo e os músculos abdominais, promover o alongamento do quadríceps.
Costas
Sobre as costas
1) As omoplatas são descritas por Agripina Vaganova como um dos três pontos fundamentais para a perfeita colocação abdominal (os outros dois são o abdome e o glúteo)
2) Enquanto o glúteo ajuda a encaixar o quadril, o abdome tem um papel determinante para deixar ereta a coluna vertebral. As omoplatas fazem com que a cabeça, a parte mais pesada do esqueleto, permaneça ereta e em cima da linha do eixo.
3) Os ombros devem alongar-se para fora, com as axilas sempre expostas. Esse movimento faz com que as omoplatas se encaixem tão perfeitamente a ponto de perder o volume nas costas.
4) Se as omoplatas continuarem saltadas para fora, deve-se observar se não há contração abdominal em demasia ou se há a presença de um processo cifótico torácico (uau!), ou seja, uma corcunda...
5) A cabeça deve ter o seu peso totalmente distribuído sobre o corpo, nunca estar pendente para a frente ou para trás. Ela deve estar segura pelos músculos de trás do pescoço, o que deixa os músculos esternoclidomastóideos (uau, de novo!! - os músculos mais compridos do pescoço) livres para os movimentos próprios da cabeça (giros e epaulements).
6) Atenção! Pescoço tenso e musculoso é sinal de má postura!
1) As omoplatas são descritas por Agripina Vaganova como um dos três pontos fundamentais para a perfeita colocação abdominal (os outros dois são o abdome e o glúteo)
2) Enquanto o glúteo ajuda a encaixar o quadril, o abdome tem um papel determinante para deixar ereta a coluna vertebral. As omoplatas fazem com que a cabeça, a parte mais pesada do esqueleto, permaneça ereta e em cima da linha do eixo.
3) Os ombros devem alongar-se para fora, com as axilas sempre expostas. Esse movimento faz com que as omoplatas se encaixem tão perfeitamente a ponto de perder o volume nas costas.
4) Se as omoplatas continuarem saltadas para fora, deve-se observar se não há contração abdominal em demasia ou se há a presença de um processo cifótico torácico (uau!), ou seja, uma corcunda...
5) A cabeça deve ter o seu peso totalmente distribuído sobre o corpo, nunca estar pendente para a frente ou para trás. Ela deve estar segura pelos músculos de trás do pescoço, o que deixa os músculos esternoclidomastóideos (uau, de novo!! - os músculos mais compridos do pescoço) livres para os movimentos próprios da cabeça (giros e epaulements).
6) Atenção! Pescoço tenso e musculoso é sinal de má postura!
Battement Tendue
Muitas pessoas devem estar se perguntando: ué, mas por que explicações sobre o tendue se ele é tão fácil? Não se deixem enganar! O battement tendue é o mais importante tonificador muscular de todos os exercícios praticados na barra, pois trabalha os três grupos musculares mais importantes da perna: o quadríceps (parte de trás da coxa), os adutores e os músculos da panturrilha. Além disso, esse movimento não é tão fácil quanto parece... Então, confiram as dicas abaixo!
1) A tradução mais rudimentar do battement tendue quer dizer "impulsão esticada". É dessa maneira que deve ser executado tal movimento.
2) Os tendues sempre começam e terminam em posições fechadas (1ª, 3ª e 5ª) e seu movimento consiste em esticar e retornar a perna nas três direções principais da técnica clássica: devant, à la seconde e derrière.
3) Ao executar o tendu, o bailarino poderá exercitar com mais clareza as três forças divergentes que irão acompanhar todos os outros exercícios e movimentos da dança clássica. As três forças são a perna de base empurrando o chão, a perna de trabalho (que faz o exercício) en dehors e o tronco alongado para cima. O quadril é o ponto fixo dessas três forças.
4) O en dehors provoca também uma força para dentro feita pela parte de trás das coxas, sentida com mais clareza nas posições fechadas. Essa é a primeira sensação sentida pelo bailarino na saída do tendue.
5) Mas vamos iniciar o movimento: colocam-se as pernas no ponto mais en dehors possível e então começa-se a transferência de peso das duas pernas para uma só, a de base.
6) A perna deve sair com o pé inteiro pressionando o chão, inclusive o calcanhar. Aos poucos, este vai se levantando e passando a pressão para a meia ponta, e posteriormente para os dedos.
7) Observação importante: os dedos saem de maneiras diferentes, dependendo da direção que a perna vai tomar. Se o tendue for en avant (devant), os dedos deixam o chão do dedão para o mindinho. Já se for à la seconde, todos os dedos devem sair juntos, levando-se em conta, claro, o tamanho deles. Já no tendue derrière, os dedos deixam o chão do mindinho para o dedão.
8) A perfeita execução do en dehors facilita a entrada da perna na posição fechada. Já a junção das coxas facilita a transferência de peso da perna de base para as duas pernas.
Fonte: Ballet Essencial, Flávio Sampaio
1) A tradução mais rudimentar do battement tendue quer dizer "impulsão esticada". É dessa maneira que deve ser executado tal movimento.
2) Os tendues sempre começam e terminam em posições fechadas (1ª, 3ª e 5ª) e seu movimento consiste em esticar e retornar a perna nas três direções principais da técnica clássica: devant, à la seconde e derrière.
3) Ao executar o tendu, o bailarino poderá exercitar com mais clareza as três forças divergentes que irão acompanhar todos os outros exercícios e movimentos da dança clássica. As três forças são a perna de base empurrando o chão, a perna de trabalho (que faz o exercício) en dehors e o tronco alongado para cima. O quadril é o ponto fixo dessas três forças.
4) O en dehors provoca também uma força para dentro feita pela parte de trás das coxas, sentida com mais clareza nas posições fechadas. Essa é a primeira sensação sentida pelo bailarino na saída do tendue.
5) Mas vamos iniciar o movimento: colocam-se as pernas no ponto mais en dehors possível e então começa-se a transferência de peso das duas pernas para uma só, a de base.
6) A perna deve sair com o pé inteiro pressionando o chão, inclusive o calcanhar. Aos poucos, este vai se levantando e passando a pressão para a meia ponta, e posteriormente para os dedos.
7) Observação importante: os dedos saem de maneiras diferentes, dependendo da direção que a perna vai tomar. Se o tendue for en avant (devant), os dedos deixam o chão do dedão para o mindinho. Já se for à la seconde, todos os dedos devem sair juntos, levando-se em conta, claro, o tamanho deles. Já no tendue derrière, os dedos deixam o chão do mindinho para o dedão.
8) A perfeita execução do en dehors facilita a entrada da perna na posição fechada. Já a junção das coxas facilita a transferência de peso da perna de base para as duas pernas.
Fonte: Ballet Essencial, Flávio Sampaio
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