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sábado, 4 de abril de 2009

Antes da bailarina...


O ballet era, entretanto, 'coisa de macho'. A bailarina não existia, a mulher não podia participar do jeito que os homens dançavam, em maior parte por suas roupas. Os homens podiam usar malhas e assim ficar mais livres para executar todo tipo de movimento como saltos e bateria. Já as mulheres tinham que usar aqueles vestidos tipo 'bolo de noiva', com muitas saias sobrepostas e saltos enormes, além dos corseletes, que diminuíam a capacidade respiratória. Só nos séculos XVII e XVIII é que vão surgir bailarinas como Mme. Lafontaine, Mlle. Subligny e Marie Prévost, que dançavam limitadas por suas roupas. Só os homens ficavam com as partes legais. Para piorar, a sociedade achava um absurdo ver as mulheres desfilarem pelos salões reais, e elas sofriam grande preconceito.
Entretanto, por volta de 1730, quando a danse haute substituiu a danse basse, as mulheres começaram a se rebelar contra suas roupas. a danse haute pregava a dança que ocupasse o ar, com salto e giros fantásticos, enquanto a danse basse é aquela que possui mais poses e passos mais calmos. Marie Sallé soltou o cabelos e conseguiu roupas melhores para desenvolver o ballet d'action, e sua rival, Marie Ann Cupis de Camargo, baixou os saltos dos sapatos e escandalizou a todos encurtando suas saias para executar novos passos que antes só eram feitos pelos homens, como entrechat quatre e cabriole.
O século XVIII viu o desenvolvimento da bailarina e a expansão do vocabulário do ballet, que incluía mais saltos e giros. Junto com outras estrelas estavam agora Mlle. Lyonnais, famosa por suas gargoulliades, e Fräulein Heinel, que encantou a Europa com suas múltiplas pirouetas, mas ainda na meia ponta.

Primeira postagem: A História do Ballet


As origens do balé surgiram em celebrações públicas italianas e francesas nos séculos XV, XVI e XVII. Na Itália a impulsiva representação dramática resultou no balleto, --- de ballo (" dança" ) e ballare ("dançar" ) --- enormes espetáculos durando horas (e até mesmo dias) e utilizando dança, poemas recitados, canções e efeitos cênicos, todos organizados em torno de um enredo principal e com homens e garotos ricamente trajados no lugar da corte encenando os principais papéis. Os espetáculos eram apresentados em grandes salões ou em quadras de tênis (Teatros modernos não eram construídos antes do séc. XVI). A audiência para estas apresentações era composta principalmente por pessoas da corte, que contratavam dançarinos de alto escalão para ensinar aos amadores. Em 1460, Domenico da Piacenza escreveu um de seus primeiros manuais de dança


No final do século XVIII e no começo do século XIX o balé começou a produzir trabalhos que ainda são exibidos nos dias atuais e cuja capacidade de experiência era grande. O balé francês "La fille mal gardee" (1789) é o mais velho trabalho que ainda é apresentado. Coreografado por Jean Dauberval, o balé usava trabalhadores como personagens e às vezes danças rústicas, mas ainda seguindo os estilo francês dos balé românticos da década de 1830 e de 1840. As reformas ocorridas na técnica que resultaram no movimento romântico foram arquivadas pelos mestres italianos do balé Salvatore Vigano e Carlo Blasis e pelo francêas Charles Didelot, que encoragou o uso da técnica das sapatilhas de ponta para as mulheres.
O balé romântico de Filippo Taglioni entitulado "La Sylphide" (1832) foi criado em homenagem à sua filha, Marie Taglioni. Foi neste trabalho que se foi usado os primeiros tutus. "La Sylphide" marcou um avanço na técnica da dança por simular uma dança flutuante. O trabalho permitiu que os Taglioni pudessem trabalhar melhor o funcionamento da ponta, cujas coreografias enfatizavam os efeitos do corpo de baile e as valsas à dois, além de adagios. Neste balé e em "Giselle" (1841) a idéia da bailarina moderna estava nascida, não somente em sua autoridade mas na sua capacidade de dançar melhor. Carlotta Grisi foi a primeira Giselle; suas danças foram coreografadas por Juled Perrot, que era conhecido melhor como "Paz de Quatre" (1845), um divertissement coreografado por Taglioni, Fanny Cerrito, Grisi e Lucile Grahn, as quatro reinaram supremas sobre as outras bailarinas de suas idades. A música do balé francês alcançou grande expressão nos balés compostos por Leo Delibes: "Coppelia" (1870) coreografado por Arthur Saint-Leon e "Silvia" (1876) coreografado por Louis Merante.
Somando-se à escola francesa, a outra maior - pouco conhecida na época - escola de balé européia era Dinamarquesa, sob a direção de Augut Bournonville, o pupilo de Auguste Vestris. A versão de Bournonville de "La Sylphide" (1836) é ainda apresentada nos dias de hoje. A herança do Bournonville ainda espera total absorção na língua internacional do balé. Dentre os vários trabalhos de Bournonville estão incluídos " O Conservatório" , "Napoli" e "Os guardas de Amager".